O famoso banco norte-americano, JPMorgan, poderá processar pagamentos feitos com criptomoedas no Brasil, após ser aprovado o registro de sua marca, junto ao INPI. A publicação contando sobre isso foi feita pela Revista de Propriedade Industrial (RPI), nesta terça-feira (18).
Uma rápida explicação sobre o JPMorgan
O JPMorgan Chase & Co. é uma empresa que tem como objetivo prestar serviços financeiros e também atua como banco de investimentos. Ele oferece produtos e serviços de investimentos para todos os mercados de capitais, também faz aconselhamentos sobre estratégia e sobre a estrutura corporativa, além de levantamento sobre a capital nos mercados de ações e dívidas. O JPMorgan oferece além disso, um gerenciamento de risco, formação de mercados com valores mobiliários e instrumentos derivados. E por fim, ainda atua com contagem e pesquisa.
Como o processo aconteceu
Todo esse processo teve início em outubro de 2020, quando o bando, que atualmente é representado pelo escritório Kasznar Leonardo Advogados, havia feito o pedido para que fosse feito o registro de marca no Brasil. Até mesmo a “JPMorgan Wallet” havia ganho destaque no pedido, indicando assim que o banco possui uma própria carteira de “criptoativos”.
O banco, nos Estados Unidos, é uma das instituições financeiras que continuam seguindo suas tradições, também tem se mostrado ser bem favorável ao Bitcoin e às demais criptomoedas que surgiram ao longo dos últimos tempos.
Por exemplo, a exchange Coinbase, uma casa de câmbio digital, abriu uma conta no JPMorgan em 2020, um fato que pode ter ajudado relativamente o seu processo de IPO que aconteceu recentemente. No Brasil, é especulado que o banco dos Estados Unidos estaria participando do planejamento de um eventual lançamento de ações feito pela corretora Mercado Bitcoin.
Autorização para utilizar a marca no Brasil
De acordo com a RPI (Revista de Propriedade Industrial), o banco JPMorgan tem autorização para utilizar sua marca no Brasil. Em seu pedido consta a solicitação para o banco processar os pagamentos no Brasil, dando mais atenção aos digitais. As transações feitas com moedas virtuais, inclusive as feitas no câmbio, cartões de crédito, seriam essas algumas das opções disponíveis.
O que chama a atenção, é o fato de que o INPI deu liberdade ao JPMorgan até de poder processar os pagamentos com criptomoedas no Brasil. Isso significa que, caso o banco queira fornecer seus serviços aos brasileiros, a partir de hoje teria o registros de marca funcional ao seu dispor.
Mesmo ainda sendo crítico ao BItcoin, o CEO do banco não impediu que a instituição abrisse as portas ao mercado de criptomoedas
Diversas instituições que trabalham com criptomoedas ao redor do mundo, elas recebem ajuda diretamente do JPMorgan, mesmo com os comentários negativos do CEO, Jamie Dixon, que de longe é um dos maiores críticos do Bitcoin que conhecemos. O mesmo já havia comentado sobre a criptomoeda ser uma bolha, a chamou de tulipa e ainda disse que a mesma não tem fundamentos. Ainda com todos esses comentários, JPMorgan permanece com seus planos de trazer ao Brasil uma instituição que possa atuar nesse mesmo setor de criptomoedas.
De qualquer maneira, mesmo com tantos comentários degradáveis, querendo ou não, a instituição que ele comanda ainda assim se aprofunda cada vez mais nos assuntos e trabalha ainda mais com com o setor a qual ele direciona suas críticas. Por mais contraditório e estranho que isso possa parecer.
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O JPMorgan, com todos os projetos já em processo, também está se preparando para criar um fundo de investimentos em Bitcoin, que será oferecido para alguns dos clientes do banco. A nova postura que o banco está mostrando, dá a entender que vai ser algo voltado a ajudar as instituições do mundo inteiro, tal atitude está colocando JPMorgan como uma instituição que criará parceria com as criptomoedas.